Segundo estudo da CNC (Confereração Nacional do Comércio de bens Serviços e Turismo), o setor de turismo no Brasil fechou o mês de junho de 2018 com saldo negativo de 7.743 postos de trabalho, com ajuste sazonal.
Estudo da CNC aponta saldo negativo
Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os serviços ligados ao turismo continuaram amargando prejuízos, uma vez que se manteve a tendência do desemprego do mês anterior. Em maio, o número de desempregados foi um pouco maior, atingindo 8.754 trabalhadores. Nesses dois meses, o desemprego acumulou 16,5 mil pessoas, reflexo do tamanho do ajuste de diminuição de custos que as empresas realizaram.

Maleiro (Reprodução: Site CNC)
Resultado por estado
O estudo aponta que o desemprego atingiu todas as regiões, com destaque para Sul (-2.049) e Sudeste (-3.853). Nos sete estados que compõem as duas áreas, o Espírito Santo foi a exceção, onde o emprego cresceu com pouca expressão (+10 pessoas).
Por força do desequilíbrio fiscal e das dificuldades empresariais inerentes à repercussão do aumento da violência, o desemprego prevaleceu no Rio de Janeiro (-2.244), seguido de São Paulo (-1.456).
Em junho, poucos estados registraram superávit na conta emprego no turismo: Amazonas (152), Maranhão (53), Mato Grosso (33) e Goiás (67). O Ceará ficou em primeiro (479). Ajudam a explicar: o clima, as condições naturais e os efeitos benéficos do investimento, tanto privado quanto público.
Setores
O levantamento mostra um movimento atípico em relação à empregabilidade nos segmentos. Agentes de viagens (+71), cultura e lazer (+49), assim como locadoras de veículos (+33), empresas aéreas de transporte de passageiros (+305) e ferrovias (+111), foram os segmentos que mais empregaram. Já hospedagem e alimentação impulsionaram o desemprego (-6.269).
Balanço do 1º semestre
De janeiro a junho de 2018, apesar do resultado negativo (-11.689), o emprego foi puxado pela movimentação do mercado de trabalho de São Paulo (+7.656). Em contraposição, o Rio de Janeiro foi o estado que mais cortou oportunidades de trabalho (-6.968). Mesmo fenômeno se repetiu em 12 meses, quando se compara junho/18 com junho/17. São Paulo foi o local onde o nível de emprego mais avançou, enquanto as empresas turísticas localizadas no Rio de Janeiro foram as mais afetadas pela queda das vendas.
Fonte: http://cnc.org.br/